segunda-feira, 11 de março de 2013

Aleitamento Materno


Aleitamento materno é processo. Um processo longo, algumas vezes penoso, mas incrivelmente recompensador. E deve começar ainda na gestação. Não adianta só pensar no assunto quando já estiver com um bebê faminto nos braços.
Amamentar um filho exige preparo físico e emocional. Ao contrário das índias e das mulheres de outras eras, que passavam o dia com os seios ao léu, tomando sol diretamente nos mamilos o tempo todo, nós vivemos com as mamas protegidas e sustentadas por sutiãs de tecido macio. A pele não sofre atrito a vida inteira, ficando muito mais suscetível a fissuras quando o pequeno glutão abocanha a região com vontade. Por isso é indicado, já na gravidez, tentar deixar, aos poucos, os mamilos mais resistentes.
Banhos de sol antes das dez da manhã ou depois das quatro da tarde ajudam bastante. Ficar em casa sem sutiã usando uma blusa de tecido mais grosso também é uma boa: ao raspar na roupa, a pele dos seios vai adquirindo resistência. Alguns obstetras indicam até o uso de uma buchinha sobre o mamilo durante o banho, mas é sempre bom conversar com o médico para saber se isso é mesmo indicado para o seu caso.
A questão física é só uma parte da história: temos também que nos preparar emocionalmente para nutrir um filho por meses a fio. Devemos ler muito a respeito, conversar com mulheres que enfrentaram problemas, que tiveram êxito, colher experiências, dividir angústias, perguntar, perguntar, perguntar.
Cursos para gestantes costumam trazer bastante conteúdo a respeito. Vale a pena investigar se há algum em sua região. Mas talvez o mais importante seja tentar não idealizar demais. Problemas podem surgir no meio do caminho, todos eles solucionáveis se houver orientação adequada. Nem sempre estaremos nos sentindo plenas e felizes enquanto o filho mama. Vai ter hora em que o sono será tanto que até vamos torcer para que ele acabe rapidinho para voltar a dormir. Tudo isso faz parte do processo, sempre ele, e não diminui a importância ou a beleza do fato de alimentar a cria com os próprios recursos. Mesmo que estejamos com olheiras e descabeladas.

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